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Este post é uma tradução da Maísa Del Frari do post original de Nina Misuraca Ignaczak de 19/02/2014.

https://www.shareable.net/blog/21-technologies-that-will-decentralize-the-world

 

Por todos os cantos do planeta, novas tecnologias e modelos de negócios estão descentralizando o poder e colocando-o nas mãos de comunidades e indivíduos. “Estamos testemunhando redes de tecnologia substituindo hierarquias burocráticas” diz Fred Wilson, investidor e visionário, falando sobre o que esperar nos próximos dez anos. Veja o vídeo abaixo (tem 25 minutos, totalmente válidos!) e confira as 21 inovações a seguir:

 

1 – Open Garden:

Tecnologia de descentralização que irá se tornar a tendência dominante de 2014, de acordo com a Open Garden Foundation, trata-se de uma start-up baseada em São Francisco (EUA) dedicada à neutralidade tecnológica e ao acesso universal à internet. Sua criação, o Open Garden, promove uma rede mesh através de um aplicativo que cria uma rede sem fio, gerando mais rapidez para downloads e conectividade mais poderosa e barata.  

 

2 – Commotion Router (pode ser traduzido como “Roteador de Comoções”)

O Commotion Router é um sofware livre e de código aberto, que permite que comunidades construam suas próprias redes mesh.

3 – Twister

É realmente seguro confiar seus dados ao Twitter? Twister é uma rede social alternativa, peer-to-peer, que opera com um caráter descentralizado, criada para impedir que outros usuários saibam demais sobre sua localização e hábitos online.

4 – The Edison

O futuro dos dispositivos é ser micro e “wearable” (termo que designa dispositivos eletrônicos criados para serem usados, ou “vestidos”, por seus usuários, e que propiciam constante interação entre computador e usuário: ex. lentes de contato, roupas e acessórios específicos). Em janeiro, a Intel anunciou este computador, do tamanho de um cartão de memória SD, e blogueiros já estão propagando o seu potencial para libertar usuários dos dispositivos móveis comuns, e para tornar mais inteligentes outros pequenos dispositivos.

5 – BitCloud

Por enquanto só um conceito, a BitCloud é uma proposta para substituir a internet por um sistema descentralizado.

6 – The Internet of Things (IoT)

O número de “coisas” – things – que serão conectadas com a Internet of Things (Internet das Coisas) está para explodir, de acordo com o Business Insider (site de notícias americano, especializado em negócios e tecnologia). A “smartificação” de objetos considerados “não inteligentes”, como parquímetros, termostatos domésticos, eletrodomésticos e automóveis, irá rivalizar com o número de computadores e celulares atualmente conectados à Internet, gerando trilhões em valor econômico.

7 – WunderBar

WunderBar é um ponto de partida para desenvolvedores, hackers e criadores querendo testar suas ideias e contribuir para a Internet das Coisas. Criado pela start-up europeia Relayr, possui seis módulos com sensores de temperatura, distância, luz, cor, umidade, um giroscópio, um medidor de aceleração, um controle remoto infra-vermelho, um conector modulado e um sensor adicional, e está em campanha para financiamento através do crowdfunding.

8 – Registro Wireless

Na Internet das Coisas, tudo precisa de um endereço e um nome, como computadores comuns e celulares. Enquanto a Internet comum associa URLs a endereços IP através do sistema DNS, o Registro Wireless associa SSIDs (Service Set Identifiers) a nomes de 32 caracteres, que transmitem a identidade dos usuários no mundo wireless.

9 – Dot-Bit

Baseado no mesmo tipo de código que o BitCoin (tipo de moeda digital que utiliza a criptografia – veja o próximo item), Namecoin é um sistema alternativo de registro de domínio (e potencialmente uma internet alternativa) para o domínio de topo .bit (domínio de topo, ou top-level domain  – sigla TLD -, é um dos componentes do endereço de internet; exemplo de TLD: o final .com). Ele opera independentemente do ICANN (corporação americana que regula os domínios de topo, entre outras atribuições) e, por se basear em uma rede descentralizada, é teoricamente imune à censura na internet.

10 – Bitcoin

É uma criptomoeda, ou um meio digital de troca não controlado por nenhum grupo ou agência, e com a garantia de segurança da criptografia. O Bitcoin vem sendo usado desde 2009 e, recentemente, mais de 60 moedas já foram lançadas. (guia de criptomoedas: https://www.coindesk.com/information/what-is-bitcoin/)

11 – Ethereum

Ethereum é um “livro de registros” criptográfico e descentralizado, que permite que usuários codifiquem transações, contratos e aplicações. A ferramenta inclui sua linguagem própria de programação para criar transações personalizadas.

12 – Contratos Inteligentes (Smart Contracts)

Inspirado no conceito de que os contratos podem ser propostos e cumpridos sem a necessidade de advogados e leis contratuais. O conceito de Contrato Inteligente foi introduzido por Nick Szabo nos anos 90, mas recentemente, os avanços na criptografia estão tornando a ideia uma realidade.

13 – Propriedade Inteligente (Smart Property)

Uma das mais importantes categorias dos Contratos Inteligentes é a Propriedade Inteligente; construída em cima do conceito de processos auto-executáveis e da criptomoeda, elimina a necessidade de agentes de cobrança ou longos processos de despejo.

14 – Pagamentos Peer-to-Peer

Serviços como o Square Cash, VenMo e Dwolla estão tomando o espaço dos bancos, criando plataformas para pagamentos online entre indivíduos.

15 – Empréstimos Peer-to-Peer

Serviços como o Lending Club, Zopa e Prosper estão suplantando instituições de empréstimo e grandes bancos, permitindo que interessados realizem empréstimos sem intermediários, diretamente com outra pessoa. Mais de U$ 2.4 bilhões em empréstimos peer-to-peer foram realizados em 2013.

16 – Engajamento Civil – Crowdsourcing

Chamar a atenção das autoridades governamentais para os problemas da sua cidade está cada vez mais fácil: com plataformas de crowdsourcing como a Dear City, cidadãos podem fazer exatamente isso, enquanto outros podem votar a favor ou contra. Em tempo: crowdsourcing é um termo criado em 2006 pelo jornalista e editor da revista Wired, Jeff Howe, e refere-se a um modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela internet para resolver problemas, criar conteúdo e soluções, ou desenvolver novas tecnologias.

17 – Crowdfunding Civil

Sites como Citizinvestor, ZenFunder e neighbor.ly realizam crowdfunding para financiar projetos civis e de infra-estrutura pública.

18 – Fazendas Urbanas Descentralizadas

Serviços como o BK Farmyards, LandShare, hyperlocavore e Sharing Backyards usam as redes sociais e o Google Maps para conectar proprietários de terras a agricultores urbanos. Um novo e inteiramente alternativo sistema de agricultura está surgindo, baseado na produção local, seu processamento e distribuição.

19 – FarmHack

 
Plataforma online, peer-to-peer, de código aberto, a FarmHack apresenta inovações em ferramentas e sistemas para a agricultura sustentável.

20 – MOOCS e Plataformas Online de Ensino

A descentralização da educação baseada na tecnologia é uma promessa de mudança para o futuro. A plataforma MOOCS (Massive Online open Courses) tem potencial para ser equilibrar e descentralizar da educação, de forma que o ensino superior seja acessível a todos. Outras comunidades de ensino, como a Duolingo e a CodeAcademy, estabeleceram redes peer-to-peer para ajudar pessoas a aprenderem umas com as outras.

21 – Em breve: Identidade, Confiança e Dados

Quando usamos o Facebook e o Twitter para fazer login, disponibilizamos nossos dados para aquelas redes em troca da conveniência de não ter que memorizar a senha. Fred Wilson acredita que, num futuro próximo, veremos um protocolo no estilo do Bitcoin para identidade na internet.

 

Philipe Martins

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